Parceria de Sombrinha e Aluísio Machado vence disputa do Império Serrano em homenagem a Arlindo Cruz

Parceria de Sombrinha e Aluísio Machado vence disputa do Império Serrano em homenagem a Arlindo Cruz

17 de Outubro, 2022 Não Por portaldosambarj

Escolhido através de votação, o resultado foi anunciado na manhã deste domingo

“Zambi da coroa imperial, abiaxé, Arlindo Cruz”! Embalados pelos versos da parceria de Sombrinha, Aluísio Machado, Carlos Senna, Carlitos Beto Br, Rubens Gordinho e Ambrosio Aurélio, o Império Serrano escolheu o seu samba-enredo para o Carnaval 2023 já na manhã deste domingo, 16, em Madureira.

 

Com uma apresentação avassaladora, conduzida pelos intérpretes Evandro Malandro, Igor Sorriso e Tem-Tem Jr, a quadra do Império Serrano praticamente pulsou, chegando ao ápice em determinadas partes do samba, como no verso “Dagô, Dagô é a lua de aruanda/A espada é de guerra e Ogum vence demanda”.

 

Composto em acróstico que forma o nome Arlindo Domingos da Cruz Filho na vertical, o samba deu a 15ª vitória para Aluísio Machado e a primeira de Sombrinha, principal parceiro de Arlindo Cruz no mundo musical. Machado, autor do clássico “Bum Bum Paticumbum Prugurundum” ao lado de Beto Sem Braço, agora se tornou o compositor com o maior número de vitórias em concursos de samba-enredo do Império Serrano, superando Silas de Oliveira.

 

– É uma vitória de amor ao Império Serrano e ao meu irmão Arlindo Cruz. Toda parceria está feliz com essa homenagem a esse grande amigo. Todos os três sambas tinham condições de representar a escola na Avenida. Que bom que o nosso foi escolhido. É algo mais do que especial – afirma Aluísio Machado.

 

Conheça a letra:

Compositores: Sombrinha, Aluísio Machado, Carlos Senna, Carlitos Beto Br, Rubens Gordinho e Ambrosio Aurélio

Acorde partideiro sem igual, nascia então, um samba do seu jeito
Reluz feito Candeia, imortal, o compositor, sambista perfeito
Levada de tantam, banjo e repique, poesia de um Cacique, malandragem deu lição
Inspiração de ventre ancestral, o dueto, a patente vem do fundo do quintal
Na boêmia, no subúrbio, na viela, o seu nome é Favela… Madureira

Dagô, Dagô Saravá, Obá kaô
O brado que traz justiça, faz a vida recompor

Deixa, o fim da tristeza ainda há de chegar
O show do artista vai continuar
Morando nos sambas que você fez pra mim
Imperiano sim!
No verso que aFlora
Giram os sonhos da porta bandeira
O amor de Orfeu, melodia namora
Serrinha é teu canto pra vida inteira

Dagô, Dagô é a lua de aruanda
A espada é de guerra e Ogum vence demanda

Cercado de axé, semeia o bem, o povo a cantar
Receba a gratidão, reizinho desse chão, aqui é o teu lugar
Uma porção de fé, o filho do verde esperança nos conduz
Zambi da Coroa Imperial, abiaxé, Arlindo Cruz

Firma na palma da mão, tem alujá e agogô
Império Serrano Falange de Jorge no oxê de Xangô
Laroyê Epa Babá
Há de roncar meu tambor
O verso de Arlindo, poema infindo, morada do amor

Foto: Vinicius Lima